Eram 05:30 da manhã quando acordei. O meu sonho era algo indefinido, mas lembro de ter acordado com a sensação de ter feito xixi na cama...
Verifico a zona de risco, e realmente estava molhado....então senti gotas rolarem pela minha coxa! Penso...reluto...mas chamo meu marido.
Ele acorda e me pergunta se está tudo bem, em 1 segundo que parece uma eternidade, ele insiste: "heim, esta bem?" Procuro uma frase para não assustá-lo, mas resolvo falar "Acho que minha bolsa rompeu...". Ele bem calmo "Tem certeza?" "-Não sei, vou levantar e ver se sai mais". Ao me levantar, me deparo com uma verdadeira mancha de molhado no lençol...
"-Eh, acho que hoje iremos à maternidade!" - diz ele.
Me preparo para tomar um banho, enquanto ele prepara um copo de leite e pão para mim, já que indo para maternidade, não saberia se voltaria no mesmo dia ou quando e que horas eu poderia me alimentar.
Chegamos no Hospital Santa Cruz, na emergência. Não esperamos muito e já nos encaminharam para a sala de gestantes, que estava vazia e com tudo desligado, visto que ainda eram umas 7 da manhã. A médica chega logo em seguida, e com certeza ela não estava no hospital, pois notei que chegava sem o famoso jaleco e com sua bolsa pessoal dando bom dia a todos por onde passava.
Ela me fez as habituais perguntas e me examina. "- Realmente, sua bolsa estourou. Está com 2cm de dilatação. Marido, vá até a seção de internação com esses papeis, que hoje ela fica no hospital.
Rapidamente me encaminham para vários lugares, espera, troca de roupa, e finalmente sala de pré-parto. Vááárias enfermeiras entram e fazem perguntas, algumas até repetitivas, mas sempre atenciosas. Então eis que entra a médica plantonista, olha minha ficha já preenchida e reprenchida e anuncia: "-Seu nome é Flávia, não é? Você não está em trabalho de parto não...Vai ter que fazer cesária. Seu colo do útero está longo, grosso e atravessado. Vai sofrer muito se eu colocar indução e pode acabar tendo que fazer cesária do mesmo jeito...Você está em jejum? Tem que estar 8 horas de jejum pra cirurgia por causa da anestesia."
Ops...tomei um copão de toddy.....me lasquei....
Eu estava muito apreensiva....o Ericson não pode entrar em nenhum momento nas salas em que eu estava aguardando...Vi ele pela última vez as 8 da manhã e desde então eu só tinha mandado um recado pra ele por uma das maravilhas enfermeiras...."Fale pra ele da cesária, e que terei q ficar em jejum até as 2 da tarde e que ele pode ir pra casa almoçar e arrumar as coisas."
Eu olhava para o relógio e o tempo não passava. Estava morrendo de sono, durmia e acordava a cada 5 minutos, tinha cólicas horriveis, mas não tinha contrações ritmadas para (por um milagre) ocorrer o parto normal). Quando deu 1 da tarde, o plantão do hospital mudou e a nova enfermeira veio para se apresentar, pergunto pra ela se ela sabe se meu marido já estava aguardando lá fora. Ela foi lá e eu ouvi "Acompanhante de Flávia Alessandra?" - Então eu ouvi a voz dele....que desejo enorme de levantar e ir lá fora dar um beijo e dizer o quanto eu o amava! A enfermeira veio até o quarto e fez um movimento "Vem dar uma palavrinha com ele, mãe".. Ahhhh meu mundo acabou! Fui até uma janelinha, vi ele, beijei, chorei, não tinha o que falar....eu só queria o conforto da presença dele...Voltei para o quarto, 15 minutos depois me levam para a sala de cirurgia. Fui andando =D.
Após todos os procedimentos de medir pressão, colocar os trequinhos no corpo para monitorar o coração, chega o anestesista e seu auxiliar, muito bem humorados. Clima ótimo dentro daquela sala cheia de equipamentos estranhos.... Já não sentia nada, quando vi uma perna branca na minha frente. Eram as enfermeiras me ajeitando na cama....Caramba, que anestesia poderosa!
Me perguntam: "Seu marido é um alto e moreno?"
"-Moreno? Não Dr., ele é polaco!" - digo eu.
"-Então pode entrar, pai." - retruca o anestesista.
Ericson senta do meu lado, fixa os olhos em mim e começa a me acalmar enquanto meia duzia de gente mexe na minha barriga, não sinto o corte, apenas empurrões que me incomodam muito.
Escuto umas 3 vezes alguém dizem: "Pai, está nascendo, vem aqui tirar foto!!!" - Mas ele não sai de perto de mim...Em algum segundo de lucidez ele levanta e vai registrar o maravilhoso momento do nascimento de nosso filho. E logo em seguida escuto seu choro. Ele nasceu! Meu marido o traz para junto de mim, toco a pele do bebe e tento o acalmar dizendo que a mamãe tá ali do lado dele e instantaneamente o choro cessa. Que emoção!!!
Levam ele para pesagem e demais procedimentos, eu fico ali, sendo costurada e depois vou para a sala de recuperação. Outra 1 hora que parece uma eternidade!
Vou para o meu quarto, e espero ansiosamente a chegada do meu marido e do meu filho. Devido ao intenso sangramento, tiveram que me dar mais atenção no inicio e meu marido ficou para fora. Quando terminaram foi mais 1:30 hora eterno de espera, pois nem meu bebe, nem seu pai estavam do meu lado. A ansiedade era cada vez maior, até que ele aparece todo risonho na porta do quarto, em sequencia, nosso bebe, lindo, maravilhoso, polaco e japones.....
Verifico a zona de risco, e realmente estava molhado....então senti gotas rolarem pela minha coxa! Penso...reluto...mas chamo meu marido.
Ele acorda e me pergunta se está tudo bem, em 1 segundo que parece uma eternidade, ele insiste: "heim, esta bem?" Procuro uma frase para não assustá-lo, mas resolvo falar "Acho que minha bolsa rompeu...". Ele bem calmo "Tem certeza?" "-Não sei, vou levantar e ver se sai mais". Ao me levantar, me deparo com uma verdadeira mancha de molhado no lençol...
"-Eh, acho que hoje iremos à maternidade!" - diz ele.
Me preparo para tomar um banho, enquanto ele prepara um copo de leite e pão para mim, já que indo para maternidade, não saberia se voltaria no mesmo dia ou quando e que horas eu poderia me alimentar.
Chegamos no Hospital Santa Cruz, na emergência. Não esperamos muito e já nos encaminharam para a sala de gestantes, que estava vazia e com tudo desligado, visto que ainda eram umas 7 da manhã. A médica chega logo em seguida, e com certeza ela não estava no hospital, pois notei que chegava sem o famoso jaleco e com sua bolsa pessoal dando bom dia a todos por onde passava.
Ela me fez as habituais perguntas e me examina. "- Realmente, sua bolsa estourou. Está com 2cm de dilatação. Marido, vá até a seção de internação com esses papeis, que hoje ela fica no hospital.
Rapidamente me encaminham para vários lugares, espera, troca de roupa, e finalmente sala de pré-parto. Vááárias enfermeiras entram e fazem perguntas, algumas até repetitivas, mas sempre atenciosas. Então eis que entra a médica plantonista, olha minha ficha já preenchida e reprenchida e anuncia: "-Seu nome é Flávia, não é? Você não está em trabalho de parto não...Vai ter que fazer cesária. Seu colo do útero está longo, grosso e atravessado. Vai sofrer muito se eu colocar indução e pode acabar tendo que fazer cesária do mesmo jeito...Você está em jejum? Tem que estar 8 horas de jejum pra cirurgia por causa da anestesia."
Ops...tomei um copão de toddy.....me lasquei....
Eu estava muito apreensiva....o Ericson não pode entrar em nenhum momento nas salas em que eu estava aguardando...Vi ele pela última vez as 8 da manhã e desde então eu só tinha mandado um recado pra ele por uma das maravilhas enfermeiras...."Fale pra ele da cesária, e que terei q ficar em jejum até as 2 da tarde e que ele pode ir pra casa almoçar e arrumar as coisas."
Eu olhava para o relógio e o tempo não passava. Estava morrendo de sono, durmia e acordava a cada 5 minutos, tinha cólicas horriveis, mas não tinha contrações ritmadas para (por um milagre) ocorrer o parto normal). Quando deu 1 da tarde, o plantão do hospital mudou e a nova enfermeira veio para se apresentar, pergunto pra ela se ela sabe se meu marido já estava aguardando lá fora. Ela foi lá e eu ouvi "Acompanhante de Flávia Alessandra?" - Então eu ouvi a voz dele....que desejo enorme de levantar e ir lá fora dar um beijo e dizer o quanto eu o amava! A enfermeira veio até o quarto e fez um movimento "Vem dar uma palavrinha com ele, mãe".. Ahhhh meu mundo acabou! Fui até uma janelinha, vi ele, beijei, chorei, não tinha o que falar....eu só queria o conforto da presença dele...Voltei para o quarto, 15 minutos depois me levam para a sala de cirurgia. Fui andando =D.
Após todos os procedimentos de medir pressão, colocar os trequinhos no corpo para monitorar o coração, chega o anestesista e seu auxiliar, muito bem humorados. Clima ótimo dentro daquela sala cheia de equipamentos estranhos.... Já não sentia nada, quando vi uma perna branca na minha frente. Eram as enfermeiras me ajeitando na cama....Caramba, que anestesia poderosa!
Me perguntam: "Seu marido é um alto e moreno?"
"-Moreno? Não Dr., ele é polaco!" - digo eu.
"-Então pode entrar, pai." - retruca o anestesista.
Ericson senta do meu lado, fixa os olhos em mim e começa a me acalmar enquanto meia duzia de gente mexe na minha barriga, não sinto o corte, apenas empurrões que me incomodam muito.
Escuto umas 3 vezes alguém dizem: "Pai, está nascendo, vem aqui tirar foto!!!" - Mas ele não sai de perto de mim...Em algum segundo de lucidez ele levanta e vai registrar o maravilhoso momento do nascimento de nosso filho. E logo em seguida escuto seu choro. Ele nasceu! Meu marido o traz para junto de mim, toco a pele do bebe e tento o acalmar dizendo que a mamãe tá ali do lado dele e instantaneamente o choro cessa. Que emoção!!!
Levam ele para pesagem e demais procedimentos, eu fico ali, sendo costurada e depois vou para a sala de recuperação. Outra 1 hora que parece uma eternidade!
Vou para o meu quarto, e espero ansiosamente a chegada do meu marido e do meu filho. Devido ao intenso sangramento, tiveram que me dar mais atenção no inicio e meu marido ficou para fora. Quando terminaram foi mais 1:30 hora eterno de espera, pois nem meu bebe, nem seu pai estavam do meu lado. A ansiedade era cada vez maior, até que ele aparece todo risonho na porta do quarto, em sequencia, nosso bebe, lindo, maravilhoso, polaco e japones.....
